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De Menezes, M. (2024). Caminhos de reflorestamento do pensar: a interculturalidade desde as filosofias indígenas. Revista Guillermo De Ockham, 22(1), 105–115. https://doi.org/10.21500/22563202.6598 (Original work published 7 de Fevereiro de 2024)
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Resumo

O presente texto busca afirmar as filosofias indígenas como sabedorias que contribuem significativamente na forma de pensar/sentir a educação e a filosofia. Desde a tradição ocidental, a filosofia constituiu-se através da ruptura do que chamamos pensamento mítico. As filosofias indígenas, no entanto, partem da narrativa mítica, do pensamento simbólico, dos sonhos, da oralidade e toda ancestralidade que carregam para constituírem suas cosmologias. Afirmar o pensamento indígena é, portanto, recuperar o que fora negado, mostrando que a filosofia não tem um único solo de origem (grego), mas se constrói em diferentes territórios e tempos históricos. A negação destas filosofias traduz, em muitos momentos, a própria negação ontológica daqueles e daquelas que produziram e continuam a produzir pensamento. Por isso, as filosofias indígenas são formas de reflorestamento da racionalidade monocultural, sendo capazes de compor outros exercícios político-pedagógicos, em que o bem viver é um elemento central. O objetivo é mostrar que as filosofias indígenas carregam modos de vida que contribuem para repensarmos os processos “civilizatórios” que tem conduzido à humanidade e o planeta a destruição da diversidade do pensamento e, com isso, nos ensinam a viver a interculturalidade como aprendizagem necessária para a sobrevivência dos saberes e dos povos.

Palavras-chave:

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